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Juros e multa no cartão: qual o limite de cobrança?

Muitas pessoas no Brasil já passaram ou conhece alguém que tenha se envolvido com dívidas no cartão de crédito. Isso normalmente acontece quando o gasto é desenfreado e o consumidor desconhece as altas taxas existentes de juros e multa no cartão.

O cartão de crédito, aliado à falta de educação financeira dos brasileiros são um dos grandes motivos que levam tantas pessoas a se endividarem e terem seus nomes negativados.

Veja também: Existem limites de multas e juros para cobrar no boleto bancário?

Neste artigo eu vou te mostrar qual é o valor dos juros e multa cobrados no cartão e como você pode evitar de pagá-los em caso de dificuldade financeira.

 

Entenda o uso do cartão

Primeiro, vamos falar sobre o uso do cartão de crédito. O cartão tem um dia fixo de vencimento em todos os meses e a fatura dele é fechada normalmente 10 dias antes do vencimento. Por exemplo: se o seu cartão vence no dia 15 de cada mês, as compras realizadas até o dia 5 entrará nesta fatura de vencimento do dia 15, mas as que forem realizadas após o seu fechamento, então os valores para pagamentos serão somente na fatura seguinte. Mas isso não é uma regra, é preciso verificar com a sua operadora de cartão, quando é o fechamento, assim você saberá qual é o seu “melhor dia de compra”.

Após o fechamento da fatura, ela é liberada para pagamento com os valores gastos naquele período. Em 2017 havia uma regra que permitia que o consumidor pagasse o valor mínimo referente a 15% do valor da fatura, entrando assim no rotativo, mas isso era permitido somente uma única vez. No mês seguinte, caso ainda não houvesse o pagamento total, o banco oferecia uma linha de crédito ao seu cliente com uma taxa mais baixa do que as praticadas no cartão, como uma espécie de empréstimo para quitação da dívida.

Só que em 2018, ocorreu uma mudança proposta pelo Banco Central que tinha como objetivo evitar que as pessoas pagassem juros abusivos aos bancos quando o assunto fosse cartão de crédito. Essa determinação gerou polêmica, porque para alguns especialistas isso aumentaria o número de endividados.

Mas é preciso ressaltar que antes dessa mudança, as pessoas que não conseguiam pagar a sua fatura, caiam nas mais altas taxas de juros, que eram chamadas de rotativo não regular, que basicamente significava que os bancos poderiam cobrar o que bem entendia dos seus clientes.

Veja também: 5 dicas fundamentais de gestão financeira para MEI

Após a mudança, ficou determinado que as instituições poderia cobrar a taxa do rotativo regular, somado com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mais multa de 2% e juros de 1% ao mês, como prevê o Código de Defesa do Consumidor.

 

Como funciona os juros da fatura

Para ficar mais fácil para você entender o funcionamento dos juros em sua fatura, vou te dar um exemplo fictício.

Suponhamos que a fatura do cartão do João chegou com o valor de R$ 1.000,00 para pagamento. Mas ele só poderá pagar R$ 200,00 e ficará um saldo de R$ 800,00 em aberto, que será jogado para a próxima fatura.

E neste mês as taxas de juros rotativos estão fixados em 11%, somando a multa, juros e IOF, no mês seguinte João estará com uma dívida de R$ 917,00 somente relacionada a fatura do mês anterior, ou seja, R$ 117,00 somente de acréscimo por atraso.

Mas a situação pode ficar ainda pior, pois será o valor de R$ 917,00 mais os valores de parcelamento, se houver, que já estariam incluídos na fatura do mês seguinte. E se chegar a próxima fatura e você não tiver o valor total para pagamento, estará impedido de pagar o valor mínimo, então será necessário entrar em contato com a operadora do cartão e efetuar o parcelamento.

 

Evite pagar o valor mínimo

É muito fácil confundir cartão de crédito com dinheiro, principalmente quando se tem um limite de crédito considerável. Ter um cartão com um bom limite não é sinônimo de dinheiro no bolso.

O Brasil é um país com um índice altíssimo de endividamento, principalmente entre os mais jovens e o cartão é responsável por boa parte desse problema. A grande maioria das pessoas que utilizam o cartão de crédito não tem o menor conhecimento as suas taxas de juros em caso de atraso no pagamento e tantas outras não sabem nem qual é o seu limite.

Por essa falta de conhecimento que digo que você precisa evitar ao máximo efetuar o pagamento mínimo de sua fatura. Em caso de falta de recursos parcele, mas não pague o mínimo.

Mas se faltou dinheiro para pagamento até mesmo do parcelamento e então depois de algum tempo de atraso você tenha o valor para pagamento, procure o seu banco e negocie sua dívida. Normalmente as instituições financeiras estão dispostas a fazer negociações para amortização de juros, uma vez que o recebimento é totalmente favorável a eles.

 

Faça uma reeducação financeira

Educação financeira não faz parte da vida da maioria dos brasileiros, tanto que uma pesquisa realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) aponta que aproximadamente 53% dos consumidores brasileiros compram por impulso e outra pesquisa, realizada pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) diz que 67% das pessoas inadimplentes estão abaixo dos 35 anos.

É importante que você se reeduque tenha uma vida financeira mais saudável. Veja aqui 7 dicas para se ter uma boa educação financeira.

Agora que aprendeu um pouco mais sobre como é realizada a taxa de juros do cartão, evite o seu uso indevido e compre somente quando precisar.

Robelio Junior

Um mineiro graduado em computação, que se apaixonou pelo marketing digital e trabalha na área desde 2012. Torcedor do São Paulo Futebol Clube e chef de cozinha nas horas vagas.

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