Pagamento instantâneo: você já conhece o PIX?
O Banco Central anunciou no dia 19 de fevereiro o lançamento do PIX. Trata-se de um sistema de pagamento instantâneo que permitirá a realização de transações como pagamentos e transferências em tempo real.
Mas o que mudará na vida dos usuários bancários com o PIX?
Atualmente as transferências entre contas de bancos distintos são realizadas através de TED ou DOC, que além de ter um tempo para compensação, têm um custo elevado, podendo chegar até R$ 20,00 por transação, dependendo da instituição financeira.
Uma das grandes vantagens do PIX, é que essas operações, além de se tornarem mais rápidas, também terão custos menores.
O PIX não se resumirá somente à transferências, mas também será estendida a pagamentos, onde as baixas dos boletos levarão até 10 segundos para serem compensados, o que atualmente demora até 72 horas para compensação.
O lançamento previsto para o PIX está determinado para novembro deste ano e todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas deverão se adequar até a data prevista para poder oferecer e receber o serviço.
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Neste artigo vamos falar de forma mais detalhada como funcionará o PIX do Banco Central. Boa leitura!
O que é o PIX?
Trata-se de um novo sistema que facilitará as transferências de valores valores entre pessoas e/ou empresas, pagamentos de boletos e até mesmo recolhimento de impostos e taxas de serviço.
No sistema atual, existem restrições de horários e valores para transferir quantias através de TED e DOC. Com PIX, as transações poderão ser realizadas em qualquer dia da semana, incluindo finais de semana e feriados sem limitação de horário ou valor.
E como funcionará o PIX?
Antes de falar do funcionamento do PIX, vamos entender um pouco como funciona o sistema hoje.
Atualmente, para fazer uma transferência entre contas de bancos distintos, existem duas opções:
TED (Transferência Eletrônica Disponível): nele o dinheiro é enviado para outro banco e pode ser realizado até às 17 horas que o valor é creditado ainda no mesmo dia. Essa operação leva em média 30 minutos.
DOC (Documento de Ordem de Crédito): o DOC funciona um pouco diferente do TED, uma vez que ele possui um valor limite de até R$ 4.999,99 para transferência e pode ser realizado até às 22 horas e o valor é creditado no dia seguinte na conta de destino.
Contudo, essas duas operações funcionam somente em dias úteis, ou seja, qualquer requisição de transferência entre bancos realizadas em finais de semana ou feriados, só serão processadas no próximo dia útil.
Com o PIX as transações funcionarão 24 horas por dia em todos os dias da semana e serão realizadas em tempo real, demorando no máximo 10 segundos para conclusão sem intermediação de terceiros.
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Segundo o Banco Central, as transações com PIX poderão ser feitas entre pessoas físicas, entre empresas, entre pessoas físicas e jurídicas e também no recolhimento de impostos para entidades governamentais.
Como fazer o pagamento instantâneo com o PIX?
De acordo o Banco Central, as transações do PIX poderão ser feitas de duas formas, sendo a mais tradicional (que teria informações como CPF ou CNPJ, número de celular e e-mail) ou com QR Code, podendo ser estático ou dinâmico.
Operações com QR Code
O QR Code é um código bidimensional que pode ser lido por qualquer smartphone. E para o PIX, terão dois tipos para usos distintos que são:
QR Code estático: ele poderá ser utilizado em múltiplas transações e permitirá ao recebedor que seja definido um valor para um determinado produto ou serviço para o pagador. Ele também poderá ter seu uso para transferência entre duas pessoas.
QR Code dinâmico: este será mais adequado para pagamento de contas, já que ele poderá apresentar informações diferentes a cada transação e além disso, o QR Code dinâmico permitirá que sejam incluídas informações adicionais sobre as transações.
Seria então o fim do DOC, TED e boleto?
A ideia do Banco Central é que o uso do PIX seja tão fácil quando pagar uma conta com dinheiro em espécie. Mas isso não quer dizer que os métodos atuais como DOC, TED ou boleto serão extintos.
A adoção de um sistema de pagamento instantâneo tão abrangente como o PIX requer tempo para que os usuários assimilem, então mesmo com o PIX, as demais modalidades continuarão em uso.
Só que a tendência é que com o passar do tempo, é provável que o DOC, TED ou mesmo o boleto caiam em desuso, mas não há nenhuma movimentação neste sentido, de extinção deles.
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Qual a previsão para a implementação do PIX e qual o custo?
De acordo com o cronograma do Banco Central, o PIX entrará em vigor no dia 16 de novembro de 2020, essa é a data prevista para a estréia dos pagamentos instantâneos.
Como a data prevista para implementação ainda está distante, os custos que envolvem a operação ainda são desconhecidos, mas é esperado que os valores sejam menores dos que os praticados atualmente com TEDs e DOCs.
De acordo com Leandro Vilain, diretor de negócios e operações da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), “cada instituição irá definir suas tarifas, de acordo com sua política de negócios”.
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